7ª Reunião do Comitê Consultivo da Biblioteca Virtual em Saúde Pública Brasil

São Paulo, 1°de setembro de 2003
Local: sede da BIREME, em São Paulo

Participantes

– OPAS-BR: João Baptista Risi Júnior
– Ministério da Saúde : Sr. Reinaldo Guimarães, Leonor Pacheco, Eliane P. Santos
– FIOCRUZ/RJ: Ilma Noronha, Jussara Long
– Faculdade de Saúde Pública/USP: Ângela Cuenca
– BIREME: Abel Laerte Packer, Jorge Walters, Adalberto Tardelli e Nádia Hommerding

Desenvolvimento

A reunião teve início com as boas vindas aos participantes pelo diretor da BIREME,
Abel Packer, que agradeceu a presença de todos e lamentou a ausência do Dr. Moisés Goldbaun que esteve impossibilitado de comparecer devido à sua posse na ABRASCO.

Em seguida, o diretor da BIREME, iniciou uma apresentação com dados atualizados do Relatório das Atividades BVS SP Brasil, atualizado em 01/09/2003.

Abel Packer propôs a formação de um grupo de trabalho para a elaboração de uma proposta para a reformulação do CCN da BVS SP Brasil com vistas ao seu fortalecimento político e operacional, considerando como ponto de partida 3 encaminhamentos:
– manter o caráter atual – político e técnico – ampliando a representatividade das instituições
– constituir o CCN como instância política da BVS Saúde Pública Brasil e assessorada com comitês técnicos
– constituir o CCN como instância políticas da BVS Brasil e assessorada por comitês técnicos

Os participantes da reunião comentaram sobre a necessidade da criação de câmaras temáticas e/ ou comitês técnicos e Abel Packer ressaltou a importância da criação de um fórum constante. Para tal foi sugerida a criação de um fórum virtual, espaço onde poderiam ser discutidas e compartilhadas práticas e experiências, entre os envolvidos, quer sejam no planejamento ou na operação da BVS SP Brasil.

Ainda, em relação à aspectos de comunicação e capacitação foi discutida a necessidade de uma estratégia de criação de replicadores para operação das fontes de informação da BVS, bem como para instrução e disseminação do uso dessas fontes, nas diferentes instâncias, seja na graduação, pós graduação e junto à gestores de saúde pública.

Abel Packer comentou que entre as novas propostas de projeto, o estabelecimento de padronização de estatísticas de acesso ao site é de relevância fundamental. Os números de usuários entrando no portal apontam para 1000 usuários por dia. Existe um projeto novo para otimizar estas estatísticas, identificando quanto tempo o usuário fica logado no site. Abel Packer informou sobre um novo projeto que é aumentar o controle bibliográfico na região sul.

Foi comentado pelo diretor da BIREME que a BVS SP Brasil foi tomada como modelo, a partir do projeto Informação para Tomada de Decisão, cuja metodologia, de uma forma genérica, será aplicada no Campus Virtual OPS, contando com a parceria de mais 15 instituições de saúde pública na região, o que é um reconhecimento do esforço feito até o momento.

Em relação aos cursos de capacitação foi comentado que a receptividade foi muito boa e a avaliação bastante positiva. Outra idéia seria começar a fazer cursos específicos para replicadores, otimizando recursos e custos.

O diretor da BIREME apresentou a proposta de 7 novos projetos, sendo eles:

1. Estatísticas de desempenho em linha: calcular e publicar em linha estatísticas descritivas atualizadas do conteúdo, acesso, uso e impacto das fontes de informação da BVS de modo atualizado.
2. Classificação dos resultados por relevância: facilitar a recuperação de informação na rede de fontes de informação da BVS SP Brasil através da hierarquização de resultados das pesquisas por áreas temáticas.
3. Indexação automática para recuperação: facilitar acesso às fontes de informação da BVS por meio da indexação automática segundo a metodologia de vetores de conceitos baseados no DECS.
4. Portal de teses: promover, coordenar e operar o desenvolvimento de um portal de teses de Saúde Pública.
5. Audioteca: promover. coordenar e operar o desenvolvimento de uma coleção de spots de áudio sobre teses e resultados de pesquisas.
6. Consórcio para acesso às revistas científicas: promover a cooperação entre instituições para o acesso eqüitativo às revistas científicas nacionais e internacionais relacionadas com saúde pública.
7. Editora eletrônica em saúde pública: promover o desenvolvimento cooperativo de um espaço na BVS de operação em linha das coleções de monografias em formato eletrônico por parte das editoras de saúde pública.

As representantes da (FIOCRUZ), Dra. Ilma Noronha e Dra. Jussara Long, expuseram seus projetos e ações destacando a contribuição feita para as bases de dados, diretórios, eventos, teses, consultorias prestadas, treinamento, palestras e capacitações. A promoção de dois cursos presenciais cujos certificados foram emitidos pela BIREME e o Hot Site Fome Zero que contem links e textos completos que apontam para o SciELO e o LIS . Também foi destacado o projeto do Portal de Teses, cuja liderança ficaria à cargo da FIOCRUZ e para tanto serão transferidas a base de dados de teses, metodologia e tecnologia para a FIOCRUZ.

Foi comentada a necessidade de novo plano de marketing para promoção da BVS, incluindo folders, cartazes, divulgação em eventos, etc.

A Profa. Ângela Beloni da (FSP) fez uma breve apresentação, onde foram destacados os números e contribuições da instituição na BVS, referente às diferentes fontes de informação que a compõe tais como: controle bibliográfico, registros e publicação de sites em saúde pública, serviço de atendimento ao usuário, textos completos, informação para tomada de decisão e terminologia . Foram apresentadas também propostas de melhorias e otimização da fontes de informação, resumidas a seguir:

  • Controle Bibliográfico LILACS SP
    – Discutir a LILACS-SP e a possibilidade de dar cobertura ao documentos da área de saúde pública em razão dos critérios LILACS.
    – Dinamizar a busca da produção das instituições.
  • Serviço de Atendimento a Consultas Remotas
    – aprimoramento da planilha de cadastro.
    – possibilidade de refinamento de busca.
    – envio de mensagens aos responsáveis pelos sites indexados.
    – verificação dos sites inativos por máquina.
    – inserção das monografias on-line indexadas na base de sites na busca via Textos Completos.
  • Publicação Eletrônica de Textos Completos FSP
    – Captação mais ativa de documentos, incluindo outras instituições.
    – Definir metodologia – PDF ou Scielo.
    – Aprimorar links nos documentos (capacitação equipe).
  • Atualização da Terminologia Saúde Pública – DECS
    – Revisão dos termos da Categoria Saúde Pública do DeCS, notas de escopo, subordinação etc.
    Piloto com Categoria SP1 – Administração de Serviços de Saúde para estabelecimento de metodologia. Em fase de execução a Categoria SP2 – Epidemiologia.
  • Revisão dos termos vinculados à Estrutura Temática da BVS – SP.
  • Estabelecimento de estratégias de busca para aplicação nas buscas via Estrutura Temática, relacionando-as ao DeCS.

Foi destacado ainda pela Prof. Ângela a necessidade de desenvolvimento de estratégias para identificação e capacitação dos usuários para melhor aproveitamento de todos os recursos informacionais proporcionados pela BVS.

Eliane dos Santos (MS) discorreu em sua apresentação sobre projetos de cooperação técnica, tais como: AIDS, SVS, ASCOM, SP BRASIL, FUNASA, CYS, ADOLEC e DIP. Comentou que o orçamento para ampliação de rede de BVS estaduais nas instâncias do Ministério da Saúde fora aprovado através do Plano Plurianual 2004-2007, e que já estão se preparando para trabalhar com a editora eletrônica com a metodologia SciELO. Além disso, comentou as ações do MS nos processos referente à Gestão do Conhecimento.

Abel Packer informou sobre o projeto da Praça do Conhecimento, que é um lugar/espaço para trazer o cidadão até a BVS.

Abel comenta sobre uma idéia na área de indicadores que seria um projeto para subsidiar toda a descrição que existe hoje dos indicadores com a bibliografia e apontamentos. Fala ainda de um outro projeto ainda mais audacioso que seria a partir da literatura cientifica onde exista o nome de um município e a presença de indicadores, criar links para que sejam integrados indicadores e literatura científico-técnica. Com um recurso mínimo, poder-se-ia contratar um investigador para elaborar tal metodologia.

Dr. Risi comenta que tem esses indicadores na Rede Interagencial de Informação em Saúde (RIPSA) e que em breve deve haver uma reunião da RIPSA e um dos projetos a ser discutido é a organização de uma base de apoio da RIPSA o que poderia servir de paradigma para essa idéia do Abel.

Abel Packer disse que seria preciso fazer uma organização disto pensando em uma re-estruturação. Neste caso seriam dois novos projetos que seriam agregados à lista, na condição de Novos Projetos, subindo então o número total de novos projetos para 9:

8- RIPSA: documentação científico técnica de indicadores: Documentar on-line e de modo dinâmico com literatura científico técnica os indicadores da RIPSA
9- RIPSA – Links dinâmicos entre literatura científico-técnico e indicadores numéricos: Desenvolver metodologia para o estabelecimento de ‘links’ dinâmicos entre literatura científico-técnico e indicadores numéricos e implantar nos indicadores RIPSA

No encerramento dessa reunião o diretor da BIREME informou que a coordenação da BVS SP na BIREME fica sob a responsabilidade de Nádia Hommerding da Coordenação Desenvolvimento do Modelo da BVS (DMB). Em relação à parte operacional, a medida que se avança , o ambiente de discussão poderia ser a lista de discussão técnica da BVS SP, a ser criada, com isso promove-se uma discussão mais latente sobre os problemas existentes, quem pode ajudar quem, ou seja, um ambiente de troca de informação e conhecimento para compartilhamento das melhores e piores práticas. Sugere-se uma outra reunião do Comitê Consultivo para ainda este ano para discutir e estabelecer o plano de ação, inclusive para revisão de critérios da metodologia LILACS que deverá incluir todos os suportes, tais como: vídeo, som. Imagem, e avaliação das propostas discutidas durante a reunião. Essa reunião ficou pré-agendada para final de outubro ou início de novembro.

Abel Packer, reforça que o modelo da BVS deve adquirir dinâmica própria, aprimorando as questões metodológicas, mas ao mesmo tempo promovendo a criação de uma rede de replicadores tanto para a metodologias quanto tecnologias referentes ao Modelo da BVS e operação descentralizada das Fontes de Informação.

Nada mais tendo a discutir, agradeceu-se a presença de todos e deu-se por encerrada a reunião da qual lavrou-se essa ata.